Muito pouco resta hoje dos uniformes da Guerra Peninsular. Atacados pelo tempo e pela traça, os têxteis desapareceram quase completamente. O feltro desintegrou-se. Os galões oxidaram e apodreceram. O correame encarquilhou e desfez-se em pó. O calçado gastou-se nos pés. Dos metais, a parte mais duradoura, restam alguns sobreviventes, mas poucos: muito do que era prata fundiu-se, muito do resto foi engrossar, ano após ano, as pilhas de sucata.
Realizado a partir de fontes documentais e iconográficas da época, este trabalho inclui também um elevado número de objectos raros e originais, conservados em colecções públicas e privadas. O resultado é uma visão inovadora sobre os uniformes portugueses da Guerra Peninsular e uma rotura com muitos dos conceitos até agora aceites sobre este assunto.