Em 19 de Janeiro de 1919, um grupo de homens, militares e civis, chefiados por Henrique de Paiva Couceiro, governador de Angola durante o franquismo, proclamou a Monarquia no Porto, desafiando o Governo herdeiro de Sidónio Pais.
Quem eram esses homens? Conservadores, muitos ex-republicanos, poucos, pouquíssimos monárquicos verdadeiros. Afirmavam ser a força principal do sidonismo, e assim o queriam mostrar nas juntas militares, organizadas nos quartéis pelos oficiais contra os democráticos.
Pouco durou a sua fantasia, derrotados, acima de tudo, politicamente, abandonados por toda a gente, dos católicos aos integralistas, até pelo rei exilado, D,. Manuel II.
A sua acção teve afinal por resultado a queda do Governo sidonista de Tamagnini Barbosa e, a prazo, a ascensão ao Poder dos democráticos. A “ditadura da rua”, paradigma da República, ia continuar.